"Também vós leigos podeis viver a espiritualidade das Filhas de Sant'Ana; ser os cem braços e chegar lá onde as Filhas não podem chegar" Intuição de Rita de Maggio - 09 de dezembro de 1981


quinta-feira, 2 de junho de 2011

SANT'ANA E SÃO JOAQUIM

Os avós de Jesus

No Oriente, a devoção a São Joaquim e a Sant'Ana é muito antiga. A liturgia de São João Crisóstomo refere-se a eles como "os santos avós de Jesus". Grande deve ter sido a santidade dos dois esposos para que deles nascesse a Virgem Imaculada. a Mãe de Deus! São Joaquim e Sant'Ana foram, no seu tempo e nas circustâncias históricas concretas, um elo precioso do projeto da salvação da humanidade. Por meio deles, chegou-nos a bênção que um dia Deus prometera a Abraão e à sua descendência, pois foi através de sua filha Maria Santíssima que recebemos o Salvador.
Os Evangelhos canônicos não falam nada sobre a infância da Virgem Maria nem de seus pais, Ana e Joaquim. Somente os chamados 'Evangelhos apócrifos', isto é, aqueles textos de autenticidade não comprovada do século II, escritos com liberdade poética para apagar a afetuosa curiosidades dos fiéis, narram o milagroso nascimento de Maria, de pais idosos e estéreis. Natural que os primeiros cristãos desejassem saber mais, especialmente sobre os personagens que os evangelistas haviam deixado na 'sombra'.
O texto apócrifo narra que, um dia, Joaquim, teve recusada sua oferta no Templo de Jerusalém justamente por não ter descendentes. Isto era considerado, na mentalidade judaica da época, sinal de maldição. Triste, ele se retira sozinho a um monte para rezar e jejuar. Após quarenta dias, um anjo avisa-lhe que sua prece fora acolhida por Deus, e que Ele premiara a fé do casal concedendo-lhes, na velhice, a mais bela flor da humanidade, Maria. Sant'Ana e São Joaquim tornaram-se, assim, com que um símbolo da velha humanidade da qual floresce a eterna juventude da graça.
A festa de Sant'Ana difundiu-se a partir do século XIII, propagada pelos Cruzados, e a de São Joaquim foi introduzida no ocidente somente a partir de 1522. A união das duas festas numa única data, dos "avós de Jesus", foi oficializada em 1969.
Ser Santo, no caso de Ana e Joaquim, significa não perder a confiança em Deus nos momentos de maior sofrimento, de sofrimento, de provação. Significa, também, estar pronto a doar a Deus o que temos de mais precioso, como fizeram os dois velhos esposos, consagrado ao Senhor sua única filha.
O Papa João Paulo II ensinou-nos que São Joaquim e Sant'Ana são "uma fonte constante de inspiração na vida cotidiana, na vida familiar e social". Oxalá, pais e filhos, avós e netos possam cultivar sua fé e serem generosos com Deus, como foram os pais da Virgem Maria!
Frei Jorge Hartmann OFM
http://www.cancaonova.com.br/

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