"Também vós leigos podeis viver a espiritualidade das Filhas de Sant'Ana; ser os cem braços e chegar lá onde as Filhas não podem chegar" Intuição de Rita de Maggio - 09 de dezembro de 1981


Somos membros de um corpo



SOMOS MEMBROS DE UM CORPO:

INTRODUÇÃO:

É revelação entusiasmante, a aventura mais rica que pode ser proposta a uma criatura: se tornar um membro do Corpo glorioso de Cristo; que é quanto dizer: participar... “físicamente“ da vida divina de um Deus -encarnado!
Este “desígnio-mistério” devemos meditá-lo atentamente. Mas não será possível, mesmo sondando toda a sua riqueza, exaurir a sua infinita profundidade! 
Paulo escreve: conhecer o amor de Cristo, supera todo o conhecimento ... Todavia convida: “Sede em grau de compreender, com todos os santos, qual seja a amplitude, a altitude e a profundidade ...” (Ef 3, 17-19) .
É por isto possível, ...  ‘caminhar” para alcançar  “toda a plenitude de Deus”. Aquele corpo portanto, do qual fazemos parte, vai crescendo... infinitamente. Como infinitamente devemos dilatar o nosso coração... ao amor! 
Eis, então, o pequeno “anexo”: Criados por amor. É o início, uma abertura por um... exame discreto, mas necessário sobre o dom mais precioso que nos foi doado: o amor de Cristo.
Nós o acolhemos?
Ou estamos ainda à margem daquele convite de São Paulo: é possível conhecer e compreender o amor?
Um exame que Paulo propõe naquele capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios.
Aspirar ao dom perfeito, lutar e crescer para serdes investidos e... revestidos da caridade de Cristo!
A presença dos Profetas que previnem sobre os desvios e as traições do amor, ao longo da história; o exemplo dos nossos pais e irmãos que nos precederam testemunhando-nos o conforto e a guia do Espírito também nos momentos mais obscuros, assegurando-nos que é possível alcançar ”Toda a plenitude de Deus”, possam ajudar-nos neste exercício do Espírito, para entrar na realidade feliz da ... Comunhão!
 
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SOMOS MEBROS DE UM “CORPO”

“ Ti pedimos humildemente: pela comunhão ao Corpo e ao Sangue de Cristo, o Espírito Santo nos reúne num só corpo” (2ª. Oração Eucarística).
“A nós que nos alimentamos do corpo e sangue do teu Filho, doa a plenitude do Espírito Santo, para que nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito” (3ª oração Eucarística).
“A todos aqueles que comem deste único pão e bebem deste único cálice, concede que, reunidos num só corpo pelo Espírito Santo, se tornem oferta viva em Cristo para o louvor da tua glória” (4ª Oração eucarística). 

Assim invocamos, na celebração eucarística, o “Pai das luzes, do qual provém todo dom perfeito (Tg 1,17), para que o “bom presente” do Espírito Santo reúna todos aqueles que são alimentados pelo Corpo e Sangue do Senhor num só corpo.

Mas desde a aurora da nossa história o “bom presente” do Espírito Santo tem espalhado incansável as suas consolações. De fato, “informe e deserta” a nossa realidade: “as trevas recobriam o abismo”, mas o Espírito Santo estava ali, e “pairava” ou esvoaçava sobre as nossas “águas” (Gn 1,2).
E veio a “luz”!
Sem percorrer de novo todas as grandes obras realizadas daquele esvoaçar misericordioso do Espírito Santo, que sempre teve compaixão dos nossos ... “abismos”, paremos ainda na celebração eucarística, no momento da outra invocação, ao ofertório : Pai verdadeiramente Santo, fonte de toda santidade, santifica estes dons com a efusão do teu Espírito, para que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo Nosso Senhor” (2ª Oração Eucarística).
Assim tão pouco aquilo que oferecemos!... Também se obtido com o suor da fronte , a fadiga e muitas vezes com dor.
Mas infinita a... transfiguração operada pela descida do Consolador! O Espírito Santo revela “coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem jamais no coração do homem pressentiu” (1Cor 2, 9-10). 
Um outro daqueles “impossíveis” com os quais a misericórdia divina ilumina e fecunda a nossa terra “informe e deserta”. Também o ventre da Virgem Maria não foi encontrado pelo Espírito Santo, “informe e deserto”...
É obra do Espírito Santo, portanto, sermos reunidos num só corpo.
Mas venhamos aos ensinamentos de São Paulo:
Aos ROMANOS explica:
a)                 o pecado e a morte entraram no mundo por causa de um só homem. Mas por um só homem, Jesus Cristo, vem derramado o dom de graça sobre todos os homens. Solidariedade no pecado, portanto, mas solidariedade na graça (5, 12-21).
b)                      Iluminando a missão de Israel, sublinha ainda a solidariedade do gênero humano encerrado na desobediência para que possa experimentar a misericórdia divina (11, 25-32).
c)                       Mais claramente revela esta solidariedade com o exemplo do CORPO: somos membros uns dos outros (12, 4-8): portanto ninguém vive ou morre para si mesmo: somos do Senhor! (14, 7-8).
        Toda ação é para a edificação recíproca. O escândalo destrói a obra de Deus: o CORPO, a IGREJA,  COMUNHÃO (14, 19-20).  (NB.: Meditar o capítulo 12).
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1 CORÍNTIOS (1ª. Carta ) exorta a sermos:
a) Todos unânimes no falar e em perfeita união de pensamentos de intenções: Não haja divisão entre vós (1 Cor 1, 10).
b) Graças ao apóstolo, à pregação, são agora o CAMPO de Deus, o seu EDIFÍCIO, o seu TEMPLO (imagens que chamam a unidade e a solidariedade) (1Cor 3,  9. 16-17).
c) Tudo, portanto, é para eles. Não devem procurar a glória dos outros, mas daquilo que lhes é doado (1 Cor 3, 21-23).
d) Recorre ao exemplo do fermento (visto em função da  massa), para explicar o período do escândalo nas comunidades (1Cor 5, 6-7).
e) Por isto, a propósito dos litígios, recorda que os cristãos se unidos a Cristo num só espírito (6, 17), julgarão com Jesus, o mundo (6, 3: cfr Mt 19, 28).
f, Claro a comparação do CORPO que é um com muitos membros  (12, 2-30) e, com maior clareza: “os corpos dos fiéis são membros de Cristo” (6, 11) (cfr a experiência de Paulo em Damasco:”por que me persegues?” em Atos 9,4). Os carismas concedidos pelo Espírito são para a utilidade comum (12, 7).
g) A Eucaristia realiza o Corpo de Cristo com a unidade entre os cristãos (“mesmo sendo muitos... um corpo só” (10,17),

N.B.: meditar o capítulo 12, 12-30.

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Na 2ª carta aos CORÍNTIOS, ilumina o drama do viver de cada homem:
a)                       O abundar dos sofrimentos (causado pelo pecado que destrói a comunhão).
b)                       Mas também das consolações que a “graça” opera no corpo (1,5). O poder desta graça, de fato, se manifesta próprio na fraqueza do corpo.
c)                       Exemplo de Paulo (12,9): não encontra Tito (2,13); sofre por um irmão (2,4); pela ingratidão dos fiéis (6, 11-13), com os quais se deveria viver e morrer juntos (7, 2-3).Mas Deus consola... doando o irmão (7,6).
d)                      Ensina: a pregação é atuada em Cristo (2, 17), se realiza pela vontade de Cristo (veja Rom 10, 17). É a grande consolação que Deus opera na humanidade! Como grande consolação é Cristo-esposo, Cristo-templo.
e)                       Recorda: com a imagem do “templo” (6, 16) e da “virgem” (11,2) é descrita a Igreja.
f)                        Organiza a “coleta”: meio concreto (um dever!) para suprir às desigualdades que não deveriam existir num corpo são! (8).

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Aos GÁLATAS recorda:
a)      A eleição. Pelo batismo sou um em Cristo: revestidos d’Ele; a Ele pertencentes (3, 26-29).
b)      Em cada um vai formado Cristo (4, 19), a sua caridade (5,13) para servir o corpo, levando os  pesos uns dos outros (6,2).
c)      Grande graça ser chamado no corpo: Cristo ama o meu “nada” (6,3), mas na comunidade posso dar a vida!

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Aos EFÉSIOS recorda a vocação divina:
a)      Predestinados a sermos filhos (1,5), recapitulados no Filho (1, 9-10). Somos a família da qual o Pai é Deus.
b)      Cristo é a Cabeça da Igreja seu Corpo (1, 22-23); (cfr 5, 23). Um corpo glorioso, aquele de Cristo que se dilata nos seus membros (a Igreja), levando-lhe à plenitude do seu mesmo ser.
c)      A misericórdia de Deus nos amou, feitos reviver, salvos, ressuscitados, sentados nos céus com Cristo. Criados em Cristo para cumprir n’Ele as suas obras (2, 4-10):destruir o ódio e construir a paz para compor o corpo (2, 14-15): um só homem novo (pagãos e Hebreus: 3, 5-7).
d)     Imagem que recorrem: cidade (concidadãos): família (familiares de Deus); edifício (colocado sobre o fundamento dos apóstolos e de Cristo), para ser templo santo e morada de Deus (2, 19-22); armadura (unidade e harmonia para um serviço: defesa do corpo 6, 11ss).
e)      Conservar, portanto, a unidade (4,3): um só corpo e um só Deus Pai que está presente e age em todos e por meio de todos (4, 4-6). Assim os dons do Espírito são para edificar o corpo de Cristo.
f)       Para crescer em cada coisa para com Ele-cabeça  da qual recebe força o corpo (4, 15-16); veja acima 1, 22-23; cfr também com 1Cor 12,7).
Necessários: verdade, trabalho, boas palavras, submissão (5, 21), porque membros uns dos outros (4, 25-29).

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  Aos FILIPENSES confirma:
a)      A Evangelização é uma obra de Deus. Aquele que iniciou em vós tão boa obra a levará a bom termo, até o dia de Cristo Jesus (Fl 1, 6). Como de resto toda a história da salvação: o cumprimento é Jesus!
b)      Os fiéis, de qualquer forma participam desta graça,  que tende a crescer, e a consolidar-se; com o apóstolo (1,7) que todavia permanece sempre o auxílio para o progresso e a alegria da fé (1, 25); alegria que se torna plena para o apóstolo quando os fiéis estão em comunhão de espíritos (2, 1-2).
c)      O progresso da fé que tem como objetivo: possuir os sentimentos de Cristo; isto é, considerar os outros superiores a si e procurando os interesses também dos outros (2, 4).
d)     Imagens de comunhão: a pátria celeste onde vive o Cristo glorioso (3, 20) e o livro da vida, onde estão marcados todos os eleitos (4,3).

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Aos COLOSSENSES revela invés que obra de Deus e fruto da evangelização é:
a)      O ser transferidos no reino de Jesus (1,13): Ele é cabeça, princípio, e primogênito dos ressuscitados. N’Ele habita toda plenitude (veja Efésios) e por meio d’Ele, do seu sangue, é possível a reconciliação de todas as coisas (1, 18-20). Os cristãos são chamados em um só corpo e possuir a paz no coração (3,15).
b)      Os sofrimentos do apóstolo são a benefício dos fiéis: o corpo de Cristo (o apóstolo prolonga no tempo pelo “Corpo”, a obra de Jesus: portanto um membro eleito deste Corpo que trabalha para outros membros...) (1,24).
c)      Missão do apóstolo: realizar a palavra divina da pregação, o mistério agora revelado: a gloriosa riqueza de Cristo que vive nos homens pelo qual cada um é tornado perfeito n’Ele (1, 27-28); é chamado por isto, a penetrar no perfeito conhecimento deste dom de Deus (2,2) e crescer segundo a vontade de Deus unido a cabeça Cristo (2, 19).
d)     Ainda a imagem do céu: comunhão com as coisas do alto (3,1).

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Aos TESSALONICENSES recorda:
a)      O chamado de Deus ao seu reino e à sua glória (1Ts 2, 12).
b)      As comunidades (Igrejas) são em Cristo Jesus (1Ts 2,14 e 2Ts 1, 1). Cristo virá com todos os seus santos (1Ts 3, 13), glorificado neles (2Ts 1, 10). Deus reúne os mortos com Jesus (1Ts 4, 14).
c)      Os fiéis se confortam e se edificam uns aos outros (1Ts 5, 11).
d)     O sofrimento torna dignos do reino (2Ts 1,5)

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A TIMÓTEO sublinha um só Deus, um só o mediador (Tm 2, 5-6) (todos resgatados pelo único que quer o seu povo: (Tito 2, 14).
Quem dirige a própria família pode cuidar da comunidade (Tm 3, 5; Tito 1,6), casa de Deus (Tm3, 15).
Exortações familiares, boas portanto para a Igreja (5, 1-2.8) E a casa de Deus é casa grande com... muitos vasos (2ª Tim 2,20).

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Também para a carta aos HEBREUS:
a)      Jesus é a cabeça que guia à salvação muitos filhos. Não se envergonha de nos chamar irmãos; antes citando o salmo 22, declarará de cantar os louvores de Deus Pai no meio da assembléia (2, 10-12 )
b)      Toma sobre si o cuidados da humanidade (2,16) expiando os seus pecados (2,17). Por isto assumirá um corpo   (10, 5) semelhante ao nosso, para fazer a vontade do Pai que quer, através do Filho, introduzir-nos na sua casa (3, 5-6).
c)      “Sem abandonar as nossas reuniões (10, 24-25), mas ... “perseverar no amor fraterno” (13, 1).
Necessidades da vida comum, como estímulo às obras boas e à caridade. Também os sofrimentos são as correções de um Deus que nos trata como filhos (12,7) de uma mesma família.
N.B.: meditar o capítulo 13.

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TIAGO, como Paulo, chama a atenção sobre os membros mais fracos do corpo, porém, mais necessários (1Cor 12, 22).
Perigo: os juízos perversos quando se fazem preferência ou distinções (Tg 2, 2-4. 9); a assembléia fraterna, sem “espírito” é morta (Tg 2, 26); daqui guerras e litígios entre os irmãos (Tg 4,1). O Espírito, invés , ama até o ciúme os irmãos (Tg 4,5) e não quer o murmurar ou falar mal uns dos outros” (Tg 4, 11) ou o “lamentar-se uns dos outros” (Tg 5, 9) antes, “confessar os pecados uns aos outros, rezar uns pelos outros” (Tg 5,16) e reconduzir à verdade quem se afastou (Tg 5, 19).

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Também PEDRO insiste sobre o amor fraterno e intenso (Pd 1,2). Regenerados como irmãos pela “palavra de Deus viva e eterna” (1,23). Portanto:  concordes, participantes com os outros, misericordiosos, humildes (3,8-9) que abençoa, caridosos (4,8), hospitaleiros (4,9), administrando a graça como serviço recíproco (4,10) participando dos sofrimentos de Cristo (4,13) saudando com o beijo santo (5, 13-14).
Imagens do edifício espiritual (“pedras vivas”: 2, 4-5); da nação; do povo; da estirpe (2, 9-10), do rebanho (5,2) que chamam de novo aos cuidados da comunidade.
Notar na 2ª. Carta, o conteúdo desta “cura”: um empenho constante de crescimento (2Pd 1, 5-8).

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De “comunhão fraterna” escreverá também JOÃO: se realiza com o acolhimento do anúncio apostólico (1ª carta de Jo, 1,3). “Mensagem”... eterna! (1ª 3,11) Reflexo do amor trinitário (4,11). Purifica-se no caminho, com o sangue de Cristo (1ª 1,7) reconhecendo os próprios pecados (1ª, 1, 9), observando a sua palavra (1ª 2,5); pedindo-Lhe com confiança (1ª 5,14). Excluindo, portanto, o ódio (1ª 2,9) que, infelizmente, pode estar presente em alguns membros da Igreja (“anti-cristos”: 1ª 2, 18-19; “falsos profetas e mestres”, como os chama Pedro em 2ªPd 2,1; “indivíduos ímpios”, como os apostrofa Judas 4), mas, ao contrário intercedendo pelo próprio irmão (1ªJo 5,16).
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Mensagem do amor trinitário ao homem, será também o escrito do  APOCALÍPSE, dirigido às Igrejas (1, 4-5). Características espirituais da comunidade: tribulação vitoriosa pela constante confiança em Jesus (1,9). Luzes e sombras da vida comunitária... (2 e 3). Deus elege os seus ... antes do fim (7, 3-17). Imagens comunitárias: o santuário dos verdadeiros adoradores (11, 1; cfr Jo 4, 23); a mulher vestida de sol (12, 1-6); a nova Jerusalém (21, 2-5).
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UM OLHAR SOBRE O ANTIGO TESTAMENTO
É Israel, o povo eleito de Deus a realidade anima todo o Antigo Testamento. Não obstante a sua história dramática, marcada por cismas e dispersões que o conduzirão a sofrer severas humilhações e portanto, a destruição e o exílio, Deus será fiel à sua “aliança” com juramento, desde as origens, com os Patriarcas (Gn 15).
Aqueles “dons e aquele chamado – confirmará Paulo – são irrevogáveis” (Rom 11,29), porque “de amor eterno, Israel é amado” e por isto gozará sempre da compaixão divina: Deus o “edificará de novo”! (Jr 31, 3-4).
É portanto, manifestada claramente a vontade de Deus de construir um povo: a sua santa assembléia “chamado por nome, precioso aos seus olhos, digno de estima... plasmado para celebrar os seus louvores” (Is 43).
Eis a coisa nova querida por Deus: uma nação santa, um reino de sacerdotes, uma especial propriedade entre todos os povos! (Ex 19).
Já na vocação de Abraão, se fazia presente o projeto de um ... “grande povo” (Gn 12,2) que no rito da circuncisão, Deus iniciava ... com o unir-se à família do Patriarca, “abençoando-a” (Gn 17, 26-27).
A história dos “Patriarcas”, de fato, será a história de uma “bênção” ... familiar: prelúdio daquela profetizada para um povo.
Será a família de Jacó, a mais numerosa, a emigrar no Egito. Crescerá tanto a ponto de incutir temor, tornando-se um povo numeroso. Se tentará oprimi-lo, mas “quanto mais oprimido, tanto mais se multiplicará”(Ex 1, 1-12).
Deus “ouvirá os lamentos, se recordará da Aliança, tomará sobre Si os cuidados da condição dos Israelitas”(Ex 2, 24-25).
Mas na Aliança divina, estivera desde as origens, presente, um desejo divino: doar a vida, a sua mesma vida!
«Façamos o homem a nossa imagem» (Gn 1, 26).
Portanto o homem não podia deixar de ser chamado à fecundidade e ao multiplicar-se (Gn 1,28). Sobretudo, sendo imagem de Deus, «Não era bom que estivesse só» (Gn 2, 18).
Mas as mesmas criaturas saídas “boas” das mãos de Deus, mostravam qualquer vestígio de... comunhão; por aquela indicação: “segundo a sua espécie” (Gn 1, 11-12. 21. 24-25). E aquelas águas que “se reúnem num só lugar”? (Gn 1, 9). Mas poderemos ainda insinuar um aspecto... comunitário também nelas... “luzes no firmamento” (Gn 1, 14). E naquelas duas ... especiais luzes grandes (Gn 1, 16).
A imagem divina impressa no homem, encontrará confirmação n misterioso encontro dos “três homens” com Abraão em Mambré (Gn 18,2-3ss). O Patrirca “levantará os olhos” e invocará: “Meu Senhor!”.
Com o coração a promessa de uma fecundidade inaudita, Abraão, como um tempo Noé, poderá interceder pelos... ímpios (Gn 18, 23ss). Deus não pode destruir uma cidade, se ali houver justos...
Mas também nos ímpios é forte o desejo de “construir-se uma cidade”, de não dispersar-se, de “fazer-se um nome”, uma... comunhão! (Gn 11,1-4).
Uma necessidade inata de... descendência, de fazer subsistir a vida, “segundo o uso de toda a terra” (Gn 19, 31-32).  
“Não nos abandoneis até o fim por causa do teu nome” (Dn 3, 34), será o lamento de um povo que vê desprezada a própria identidade...(cfr Ne 3, 36). “Não romper a tua Aliança”: é a súplica de quem aprendeu a “esperar contra toda esperança” e acredita ainda no Deus que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que ainda não existem (Rm 4, 17-18).
Os chefes de família de Judá e de Benjamim” serão o pequeno “resto” livrado da morte. Se colocarão em caminho” para dar vida, de novo, a uma nação.
Poucas famílias que querem “reconstruir o templo do Senhor em Jerusalém” (Esd 1, 5). Não por acaso serão presentes famílias da tribo de Benjamim; a mesma que nos tempos dos Juízes, por um delito dos seus, alguns membros, tinha provocado a vingança das outras tribos, a ponto de conduzi-la a extinção, suscitando, porém, depois, a saudade e o... arrependimento do povo pela excessiva punição: “Senhor Deus de Israel, porque aconteceu isto em Israel, que tenha sido descartada hoje uma de suas tribos?” (Jz 21, 3.6).
Com uma estratagema ou estratégia, Benjamim ... ressuscitará!
Com Judá e Benjamim, depois do exílio, ressuscitará Israel!
Com a insurreição da Família dos Macabeus (1Mc 2, 19-22) será defendida a fé da difusão dos cultos pagãos. Assim como os profetas tinham anunciado: “Eis, eu tomarei os Israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de todos os lados e conduzi-los para a sua terra: farei deles uma única nação no país, sobre as montanhas de Israel, e um só rei reinará sobre todos eles... eu os purificarei e serão o meu povo e eu serei o seu Deus...” (Ez 37, 21-23).                                                                                                                                                                                                                                                        
Uma “palavra” que tinha já consolado diretamente grande Elias, quando humilhado por ver-se só contra o pecado de sempre: o “manquejar”     na fé do povo e o poder extraordinário dos falsos profetas, protegidos pela Rainha Jezabel, se lamentava com o seu Deus: “Os Israelitas abandonaram a tua aliança. Ficaram só e tentam tirar-me a vida ...” (1Rs 19, 14); aquela “palavra” da fidelidade divina ao seu povo, o tinha assegurado: “Vai, retorna sobre os teus passos... Eu guardarei em um resto de sete mil homens, todos aqueles que não dobraram os joelhos diante de Baal nem o veneraram com o beijo”(1Rs 19, 15. 18).
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UMA TÍMIDA APROXIMAÇÃO
AOS PADRES APOSTÓLICOS  
(Fim do I século, primeira metade do II século).

Santo Inácio de Antioquia:
“reunidos numa mesma obediência e submetidos ao Bispo e aos presbíteros sois santificados em todas as coisas”. “Pela vossa unidade e pelo vosso amor concordes  se canta a Jesus Cristo... cantai a uma só voz por Jesus Cristo ao Pai”.
Sois pedras do templo do Pai preparadas pela construção de Deus Pai, elevada com o guindaste de Jesus Cristo que é a Cruz, usando como corda o Espírito Santo”. Empenhai-vos em reunir-vos mais freqüente na ação de graças e de glória para Deus. Quando vos reunis freqüentemente as forças de Satanás são abatidas...”.
“Todos juntos na graça que vem do seu nome vos reunis numa só fé e em Jesus Cristo do sêmen de Davi filho do homem e de Deus para obedecer ao Bispo e aos presbíteros, numa concórdia estável” (da carta aos Efésios).
“Ninguém olhe o próximo segundo a carne, mas em Jesus Cristo amai-vos sempre recíprocamente. Nada haja entre vós que vos possa dividir, mas uni-vos ao bispo e aos chefes no reino e na demonstração da incorruptibilidade... Nada fazei sem o bispo e os presbíteros” (da carta aos “Magnesii”).
“Com a cruz na sua paixão o Senhor vos chama sendo vos seus membros. A cabeça não pode nascer, separadamente, sem os membros, porque Deus nos prometeu a unidade que é Ele mesmo!”.
“Permanecei na concórdia e na oração comum” (Da carta ai Trailiani).
“Filhos da verdadeira luz fugi ao sectarismo e às facções e as doutrinas perversas. Aonde está o pastor ali segui-o como ovelhas... Preocupai-vos de esperar a uma única eucaristia ... como um único bispo” (da carta aos Filadelfiesi).
DIDACHÉ:
Procurarás cada dia os rostos dos fiéis para modelar-te aos seus discursos. Não operara desunião. Reuni-vos frequentemente procurando aquilo que convém às vossas almas.
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SÃO CLEMENTE:

“O Criador e Senhor do universo dispôs que todas estas coisas fossem na paz e na concórdia, benéfica para com todos e particularmente para conosco que recorremos à sua piedade por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (XIX 11).

Nós reunidos na concórdia e do íntimo como de uma só boca, gritamos com insistência para ele que nos torne partícipes das suas grandes e gloriosas promessas (XXXIV,7).

Porque arrancamos e dilaceramos os membros de Cristo e insurgimos contra o nosso corpo.chegando a tanta loucura a ponto de nos esquecer que somos membros uns dos outros? (VLVI, 7).

Aprendei a submeter-vos depondo a soberba e a arrogância orgulhosa da vossa língua. É melhor para vós serdes encontrados pequenos e considerados no rebanho de Cristo, que ter aparência de grandeza e serdes rejeitados pela sua presença (LVII, 2), (da carta aos Coríntios).
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AUTOR DO SEGUNDO SÉCULO :

Se nós temos obrigação de chamar outros do culto dos ídolos e instruí-los, quanto mais devemos empenhar-nos a salvar todas as almas  que já gozam do verdadeiro conhecimento de Deus!

Por isto ajudemo-nos uns aos outros, a ponto de conduzir ao bem também, os fracos e salvar-nos todos, melhorando-nos por meio da correção fraterna.  

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UM ENSINAMENTO DE SÃO FRANCISCO

“A conversão é a aprendizagem da lei íntima e inefável que disciplina a vida associada dos homens. Tinha experimentado a doçura da alma e do corpo associando-se e servindo aos leprosos. O pecado no qual tinha vivido na juventude se situava na incapacidade de sofrer as repugnantes humilhações ou abjeções dos irmãos”.

Assim escreve a um superior cansado e escandalizado pela incorrigibilidade de um súdito:
«Ama aqueles que causam estas dores e não pretendas deles nada mais senão aquilo que o Senhor te dará e nisto ama-os e não pretendas que se tornam cristão melhores. E isto valerá mais parta ti do que estares num eremitério. E eu mesmo reconhecerei se tu amas o Senhor e se amas a mim Seu servo e teu, se fizeres isto e isto é: que não haja algum frade no mundo, pecador quanto se quer, que depois de ter visto os teus olhos, não vá embora sem o teu perdão, se ele o pedir; e se não pedisse perdão, pergunta tu a ele se quer ser perdoado. E se comparecesse diante dos teus olhos mil vezes, ama-o mais do eu a mim por isto, a fim de que tu o possas conquistar ao Senhor e sempre tu possas ter misericórdia de tais frades».
« Se cuidem todos os frades de perturbar-se e de irar-se pelo pecado ou o mal de um outro, porque o demônio pela culpa de um quer corromper muitos, mas espiritualmente, como melhor podem, ajudem quem tem pecado porque não aqueles que estão bem têm necessidade de médico, mas os doentes.
Igualmente todos os frades não tenham nisto algum poder ou domínio, mas sobretudo entre eles, E quem quer que seja que virá a eles, amigo ou inimigo, ladrão ou bandido, seja recebido com bondade».
«Feliz o homem que sustenta o seu próximo nas suas fraquezas, como gostaria de ser sustentado pelo mesmo, se estivesse em caso semelhante».     

(Dos “Escritos de São Francisco” em FONTES FRANCISCANAS).

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ANEXO:
CRIADOS PARA AMAR
Paulo convida os Coríntios a desejar os dons maiores!
Abre um horizonte sem limites de realizações, na vida dos seus fiéis. Embora tendo-os advertidos por tantas misérias que ainda subsistem naquela comunidade : discórdias, favoritismos, brigas, imoralidades graves... todavia, mostra-lhes a possibilidade de caminharem rumo a plenitude.
Um tempo também ele, Paulo, zelante por Deus – assim considerava! - e distante da fé, era “sempre fremente ameaça e devastação, contra os discípulos do Senhor” (Atos 9,1). Depois do encontro com Jesus, o fulgor improviso e Damasco o tornara cego; a experiência de amor do Ressuscitado por ele... “blasfemador, perseguidor e violento” (1Tm 1,13), tornavam impossível todo o “recalcitrar contra o aguilhão(Atos 26, 14).
Diverso era o “zelo” que tinha devorado” Jesus pela “casa” do seu Pai: “Destruí este Templo e Eu em três dias o reerguerei (Jo 2, 13. 19). Suspirava por aquela sua “hora” (Jo 2,4), Ansiava por um batismo com o qual seria submersa a humanidade no “fogo divino”! (Lc 12, 49-59).
Que “paixão”, toda a vida de Jesus: combater toda insídia do “maligno” que até o fim o atormentará com indiferença, incompreensões, ódio, traição!...
Mas, para que o mundo conheça o amor!
Este vai portanto... “procurado”: o amor! (1Cor 14,1).
A isto aspirem os desejos e o caminho dos fiéis! (1Cor 12, 31).
Da “plenitude” do Ressuscitado, de fato, “todos temos recebido e recebemos – graça sobre graça” (Jô 1, 16).
É verdade: poderei falar todas as línguas dos homens; possuir a sua ciência; conhecer os mistérios do universo; conquistar a confiança dos povos, talvez guiando-os nos caminhos da paz, da justiça; criar aquele bem-estar que fizesse feliz cada ser humano... mas se não conhecesse e não desejasse o amor de Jesus Cristo:  serei um nada! 
É tão grande a diversidade dos “carismas” que o Espírito Santo suscita (1Cor 12, 4): “apóstolo” testemunha do caminho terreno de Jesus, “enviado” por Ele mesmo para anunciar ao mundo a “boa nova”; “profeta”: iluminado para conhecer a vontade de Deus, em favor dos irmãos; “mestre”: capaz de ensinar as estradas da verdade e da vida (‘1Cor 12,28); “evangelista”: faz memória no escrito, da vida e da palavra do Salvador; “pastor”: pai que alimenta e nutre a Igreja animando-a com a própria vida e testemunho (Ef 4, 11). E depois o dom de “fazer curas” e “milagres”; de “assistência”, de “governo”... Criação admirável do único Espírito, inumeráveis... Contudo Paulo mostra “uma via melhor do que todas”: a CARIDADE.
Todo o resto desaparecerá, cessará de existir, esta não terá mais fim, porque é... o mesmo Deus! (1Jo 4,8).
O dom maior, portanto, que Paulo indica para todos é... a pessoa do “doador”! DEUS CARITAS EST.
Aspirar a ser “imitadores de Deus (Ef 5, 1); “perfeitos como o Pai;´(Mt 5, 48), em posse do Espírito do seu Filho (Cf Gl 4, 6).
....E Paulo revela o Espírito de Jesus: ele é paciente, benévolo, respeitoso; não se vinga, não procura o seu interesse, não goza do mal; tudo desculpa, tudo espera...
Já a “convocação” do povo ao Sinai, tinha manifestado um Deus paciente e benévolo, que não tinha procurado o seu interesse, mas que elegia Israel para uma aliança filial com Ele. Queria Israel feliz, tinha-o libertado para fazê-lo digno de promessas divinas...
Os profetas enviados por Deus com “viva solicitude e contínuo cuidado (Jr 35, 14-15), ao longo de toda a história, recordarão ao povo aquela aliança, aquelas promessas...
Denunciarão a hipocrisia religiosa (1s 12-15); o abandono e o desprezo de Deus (Is 1, 4); toda forma de magia (Is 2, 6; 44,25); de injustiça de governantes (Is 3, 14; 56, 10-11);de opressão especialmente  dos mais fracos (Is 1, 17; Jr 5, 27-28; Is 57, 15; Sf 3, 1).
A idolatria é morte! (Ez 6, 13). É vão o recurso à força (Is 31, 1) ou o cofiar em ideologias falsas (Jr 7,8; Is 5,20).
Implacáveis contra os falsos profetas (Ez 13, 2-16), serão terríveis contra o egoístico “acumular” (Is 5, 8); 59, 6-7; Ez 7, 20; abc 2, 6); e a ávida riqueza (Abc 2,5.9); contra a calúnia, o adultério e toda sorte de corrupção (Os 5, 4; Jr 5, 8; 6, 28; 9, 2-4), de discórdia (Miquéias 7,6), de todo mal (Ez 22, 7-12).
Em síntese, não se pode viver “despreocupados” (Am 6, 1-7) Entre comer (Is 22,13) e beber em alegria (Is 5,11) ignorando a... “compaixão”! ´(Is 9,18).
Incansável, de qualquer modo, no sugerir os caminhos do retorno a Deus, anunciando a possibilidade da paz, do perdão (Is 2, 4; 1, 18-19). Zeloso no indicar a Israel, o ensinamento divino de sempre: Homem, a ti foi ensinado aquilo que é bom e aquilo que requer de ti o Senhor: praticar a justiça, amar a piedade, caminhar humildemente com o teu Deus” (Miq 6,8).
Israel é chamado a obras de paz, de justiça, de santidade... Só então poderá invocar o Senhor seguro que lhe responderá “AQUI ESTOU” (Is 58).
Também para nós invocar o Ressuscitado, desejar o seu amor, pode significar abrir-se ao infinito, entrar na eternidade; atravessar o abismo que nos separa de Deus; experimentar aquela “água” por Ele prometida aos verdadeiros adoradores: fonte que jorra alto, altíssimo, até Deus (cfr Jo 4, 4-26).
E os autores sagrados nos deixaram traços de quantos antes de nós, aprenderam ... a amar!

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* ABEL: é pastor, manso; oferece primícias agradáveis a Deus; deixa-se matar pelo irmão!
* Irritado é, invés, CAIM que se confronta com o irmão, invejando-o e não com Deus... avareza, mesquinharia, ódio, o dominam. Construtor de cidade por necessidade de segurança; tem medo, é violento: não conhece Deus, e nem irmão! (Gn 4).
NOÉ: justo e íntegro entre os seus contemporâneos ... corrompidos e cheios de violência. Obediente à inspiração, cumprirá com paciência a obra exigida, sem se desencorajar; mesmo permanecendo só com a própria família (Gn 6, 9 – 7.13; conferir por exemplo Jr 45).
ABRAÃO: obediente a Deus (Gn 12, 1.4; 22, 18); hospitaleiro com o seu sobrinho órfão (Gn 12, 5). Por amor de paz, sabe renunciar a seu favor (Gn 13, 8-9); depois o defende e o livra (Gn 14, 14-16). Sabe ouvir a própria mulher (Gn 16, 2.6; 21, 12). Intercede pelos pecadores (Gn 18, 23ss).  Como Abel, permanece pastor errante (Gn 20, 1. 13; 2’1, 34; 23, 4; cfr Lv 25, 23). Respeitoso com os estrangeiros (Gn 20, 17; 21, 27; 23, 12-13).
ISAQUE: intercede vinte anos pela esterilidade de sua mulher (Gn 25,20-21.26). obedece a Deus (Gn 26, 2) que o torna rico (Gn 26,13). Suportará a inveja dos Filisteus (Gn 26, 14). Perseguido, não reage (Gn 26, 16-22). Manso, perdoará (Gn 26, 27-31).
JACÓ: conhecendo os seus medos, se liga a Deus (Gn28, 20-21; 32, 12-13). Trabalha duro para construir a sua família (Gn 29, 20.30; 30, 29; 31, 38-42).
JOSÉ: suportará o ódio dos irmãos que lhe invejam o amor particular do pai (Gn 37.4). É vendido como escravo (Gn 37, 28). Caluniado pela... sua honestidade, termina em prisão (Gn 39, 7-8. 17. 20). Perdoará aos seus irmãos, salvando-os e salvando e também o Egito (Gn 50, 19ss).
MOISÉS: ressaltado o sentido da “compaixão”: defende os irmãos e por eles... deixa tudo (Ex 2, 11. 15; cfr. Atos 7, 20-40; Hb 11, 24-26). Defende os fracos (Ex 2, 17). Assim como defenderá o povo (Ex 5, 22-23), fazendo as vezes de Deus (Ex 7,1), e intercedendo continuamente (Ex 32, 11-12. 32; 34,9; Nm 14, 17-19). Resiste, em primeiro lugar, ao chamado de Deus (Ex 3, 11), depois quererá ver a “glória” de Deus (Ex 33, 18). É manso (Nm 12, 3.7) suportando o ciúme dos irmãos, Aarão e Maria (Nm 12,2).  
JOSUÉ: será o discípulo atento, fiel, obediente em tudo. E será “pai” e “guia” para o povo, introduzindo-o na “terra prometida”, no... tempo oportuno (Js 1,2-9).
SANSÃO: do profundo da sua humilhação: pecou, desprezando os dons de Deus; sabe, todavia, invocar eficazmente o Senhor (Jz 16, 28).
RUTE: renuncia à sua vida para assistir a velha sogra viúva. Deus a abençoará! (Rt 1, 16; 4, 13).
SAMUEL: será guia sábia, paterna de Israel (1Sm 3, 19). Não esconderá os perigos da monarquia (1 Sm 8, 10-22), embora consagrando rei a Saul e a Davi. Reprovará Saul pela estultícia ou loucura da desobediência (1Sm 13, 13; 15, 22-23), mas saberá de qualquer modo, interceder por ele (1Sm 15, 11.35).
DAVI: é corajoso e cheio de zelo pelo seu Deus desde jovem (1Sm 17, 32.45). Humilde na glória (2Sm 7,18), e no pecado... (2Sm 12, 13). Paciente com o louco ciúme de Saul; duas vezes o perdoará (1Sm 24 e 26), exaltando a seu tempo, os seus méritos. (2Sm 1, 17-27). Não aceita compromissos, nem injustiças (2Sm 1,14-16; 3, 28; 4, 9-11). Fiel na amizade (2Sm 9, 1), perdoará também a rebelião do filho (2Sm 15, 14; 18, 5; 19, 1).
TOBIAS: generoso e compassivo (Tb 1, 16-17), suporta a zombaria (2,8), a cegueira (2,10); escrupuloso na honestidade (2, 13), sofre as injúrias da mulher (2, 14), mas educa bem o filho Tobias no temor de Deus (4, 3-19).  
JUDITE: viúva irrepreensível, fiel a um só marido, faz penitência com jejuns e orações e uma vida retirada, (8, 4-8). Deus a prepara assim, a ser dom para a sua cidade e a sua nação, num momento dramático. Reprova, de fato, os anciãos pela pouca fé no auxílio divino (8, 12-17), mas se oferece espontaneamente para libertar o próprio povo do opressor (8, 32-35).    
ESTER: também ela eleita por Deus para uma missão de salvação: obediente (2,10) e disposta ao sacrifício pelo seu povo (4, 15-17).

I MACABEUS: eleita toda a família para defender, com uma insurreição, as pátrias leis e o culto da influência pagã e do indiferentismo religioso que provocará uma apostasia geral. Esplêndidos os testemunhos dos mártires (1Mc 2, 19-22).