Roma, Outubro de 2013
“A Nova Evangelização para Transmissão da Fé
Cristã”
Meus
amadíssimos irmãos e irmãs da querida terra do Brasil Nordeste, o Senhor os reuniu
também este ano para o XXII Encontro Territorial, com o tema: “a
nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, tema mais que nunca
atual.
O tempo
corre veloz e são transcorridos já dois anos da minha última ida... Quanta vontade
de estar novamente com vocês! Para gozar da amizade de vocês e também para
contemplar quanto o Senhor vai operando no caminho de vocês. Asseguro-lhes, porém,
que estou próxima com o meu afeto, a minha
oração, a minha gratidão ao Senhor por me ter dado cada um de vocês, como dom
precioso do seu amor. Relembro todos, e cada um, cheios de alegria e de
entusiasmo, ainda se em meio as tribulações que seguramente não faltam, verdade?
Mas, como nos repete o nosso Papa Francisco: “NÃO LHES DEIXEM ROUBAR A ESPERANÇA!”
Cada dia que passa, me dou sempre mais conta do quanto é grande
o dom que o Senhor faz chamando a percorrer um “caminho de fé” para nós
no Movimento da Esperança. Nele se cresce na certeza de que não se está nunca só,
mas que existe o Senhor que levanta, guia, sustenta nas lutas de cada dia, está
sempre do lado; é fortaleza, rocha, libertador, rochedo, escudo e baluarte, potente
salvação (Salmo 18).
Quantas vezes nos acontece de encontrar pessoas
angustiadas, sem esperança, depressivas pelas tantas situações difíceis… E que
vivem tudo na maior solidão… Não sabem a quem invocar, porque não conhecem o Autor
da vida. Somos chamados por isso, a sentir compaixão por essas pessoas que são
sempre irmãos nossos, porque filhos do único Pai. São as “periferias”…
Façamos nossa a ânsia de Jesus: “Ide por todo o mundo,
proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será
salvo” (Mc16,15). Entreguemo-nos como Madre Rosa: O’
meu Amor! Serve-te
uma vez desse teu mísero instrumento para reavivar a fé e a conversão dos
pecadores”. Vivamos o que nos
diz o nosso Estatuto: “Reunido como
pequena parte do Povo de Deus, pelo Espírito Santo para responder a um chamado
gratuito do Pai, o Movimento se esforça para que o divino desígnio de salvação,
cada dia mais, alcance todos os homens, de todos os tempos e de toda a terra,
colaborando com a Igreja na Obra salvífica do Cristo, em atitude de pobreza de
coração, própria de Sant’Ana” ( n.2).
Acolhamos
como Igreja a exortação do Papa Francisco no encontro dos Movimentos no
Pentecostes: “O valor da Igreja, fundamentalmente, é viver o Evangelho e dar
testemunho da nossa fé. A Igreja é sal da terra, é luz do mundo, é chamada a fazer presente na
sociedade o fermento do Reino de Deus. Neste momento de crise, estejamos atentos, não consiste em uma crise
somente econômica; não é uma crise cultural. É uma crise do homem: aquele que está
em crise é o homem! E aquilo que pode ser destruido é o homem! Mas o homem é
imagem de Deus! Por isso, é uma crise profunda! Nesse momento de crise não podemos
preocupar-nos somente com nós mesmos, fechar-nos na solidão, no desencorajamento,
no senso de impotência de fronte aos problemas. Não fechar-se, por favor!
Quando
a Igreja se torna fechada, adoece, adoece. Pensem em um quarto fechado por um
ano; quando se vai, tem odor de umidade, existem tantas coisas que não vão. Uma
Igreja fechada é a mesma coisa: é uma Igreja doente. A Igreja deve sair de si mesma.
Para onde? Para as periferias existenciais, qualquer que sejam, mas sair. Jesus
nos diz: “Ide por todo o mundo! Ide! Pregai! Dai testemunho do Evangelho!”
(Mc 16,15). Mas o que acontece se um sai de si mesmo? Pode acontecer aquilo
que é possível suceder a todos aqueles que saem de casa e vão pela estrada: um
incidente. Mas eu vos digo: prefiro mil vezes uma Igreja incidentada, sujeita a
um incidente, do que uma Igreja doente pelo fechamento! Saí para fora, saí”!
Peço ao Senhor que nos faça instrumentos dóceis nas
suas mãos, para que possa realizar o seu
projeto que tem sobre nós e possamos servir os irmãos, segundo o seu coração, a
partir das nossas famílias; como também no
próprio ambiente de trabalho, com os vizinhos de casa, pelas estradas, em
qualquer parte…
“EXPERIMENTAR PARA ANUNCIAR!”
Que Sant’Ana, Maria e Madre Rosa intercedamo por
cada um de nós!
Estou com vocês! Quero muito bem a vocês!
Abraço a todos com imenso
afeto e muitas saudades!!! Rita