Queridos irmãos e irmãs do Movimento da Esperança,as Filhas de Santana, Rita di Maggio:
Que a Graça do Senhor Jesus Cristo possa iluminar os corações de todos vocês, tornando-os fecundos para realizar a missão que Deus os confiou.
Gostaria de agradecer imensamente pelo carinho e as orações que vocês tem dispensado a nossa família . Gostaria que todos vocês me perdoassem pela minha ausência neste momento tão especial para todos vocês, mas compreendam que ainda é muito difícil para mim estar aí neste lugar, vendo pessoas e partilhando de momentos muito fortes que me deixam uma profunda saudade e um vazio enorme pela falta que Pádua me faz. Somente o tempo poderá se encarregar de transformar esse sentimento.
Apesar dos nove meses que Pádua partiu para sua nova missão junto ao Pai, não me sinto com forças o suficiente para participar das homenagens que serão prestadas em sua memória . Sei que também não será fácil para vocês. Creiam, Pádua amou muito cada membro do movimento da esperança. Nem mesmo no leito do hospital deixava de pensar em vocês. Queria deixar o seu testemunho registrado sobre o seu amor incondicional a Jesus. O seu desejo era resgatar almas para Cristo.
Quando esteve ai no encontrão no ano passado já estava visivelmente doente; suas pernas já não obedeciam ao seu comando,mas isso não era motivo para ele recuar e acolher a dor. Ele me dizia que aquele momento era único, não teria outro igual. Precisava falar com firmeza e coragem, sobre a necessidade de sermos verdadeiros Cristãos. Dizia-me que o seu estado de saúde seria um instrumento de Deus para operar uma mudança na sua vida e na de seus irmãos ; desejava ardentemente que todos compreendessem o poder da oração. Sentia-se como um Pai para o movimento da esperança, porque amava aquilo que fazia, era zeloso e comprometido; o seu amor foi uma doação por inteiro. Sentia-se feliz em servir ao seu próximo, porque entendia que essa era a nossa missão.
No hospital, começou a registrar em seu caderno, as inspirações e revelações que recebia de Jesus, de Maria e de Madre Rosa. Sempre com muita alegria e fé dizia-nos que apesar das pernas paralisadas, porém o seu coração estava liberto para o Senhor. Sentia-se o homem mais feliz do mundo. Pádua aceitou com resignação e coragem a sua enfermidade. Nunca se lamentou, mas sempre nos dizia que tudo isso era para a gloria de Deus. Ele estava preparado, porque acima de tudo era um homem orante. Compreendi com o seu testemunho que de fato não somos nada sem a oração. A sua oração era viva e não era proferida somente com a boca, mas com todo o seu ser; ele me fez compreender que a morte não é um fim, mas um começo de uma nova Missão junto ao Pai.
Pádua me fez um pedido antes de partir; queria que eu tornasse público os escritos que fez no período em que esteve no hospital. Quando soube, através de Gilberto, que iria acontecer em Outubro o encontrão, decidi que o momento seria este para concretizar o seu último desejo. Esta é mais uma prova do quanto Pádua amava a todos vocês e o quanto ele desejava conquistar almas para o Senhor.
Tive a honra de receber em minha casa, no dia 15 deste mês, a visita de Rita di Maggio e a de Irmã Rosangela. Partilhamos e rememoramos momentos inesquecíveis da vida de Pádua. Acolhi com muito carinho esse momento, pois bem sei o quanto Pádua estimava a Rita di Maggio , a Irmã Rosangela e as demais Filhas de Santana.Na oportunidade da visita das irmãs em minha casa, entreguei a Irmã Rosangela alguns exemplares do livro intitulado “testemunho de Pádua”, resultado de todos os escritos que fez no período em que esteve no hospital, e os CDs para que possam ser distribuidos entre os grupos.
Agradeço de coração a você Rita di Maggio e as Filhas de Santana pelo carinho, atenção e pelas orações dispensadas a nossa família. Agradeço ainda pela compreensão de vocês em respeitar o meu silêncio e isolamento nesses meses que se passaram.
Desejo a vocês um feliz encontro e que Deus sempre os abençoe.